algo sobre isso. Primeira coisa: eu sou formado? NÃO! Sou experto em finanças? Não, não sou! Eu sou milionário? Não! Pelos meus cálculos, faltam novecentos e noventa e poucos mil pra ficar
milionário. Talvez um dia eu seja, mas não sou! Eu tenho Ferrari? Porque hoje em dia a gente vê um monte de gente gravando com uma Ferrari no fundo e as pessoas ficam: “- Nossa, que sonho ter uma Ferrari” Largue a mão de ser trouxa. Vá trabalhar e ganhar dinheiro com seu suor que você chega lá. Eu sou uma pessoa normal, mas eu quero compartilhar algumas coisas, pois o pessoal disse que gostou do meu jeito de falar, então… Vá entender, né?! Quero falar sobre três pontos hoje. Primeiro: Educação Financeira. Não sei em outros países, mas aqui no Brasil, se comete uma baita mediocridade que é obrigar a pessoa a ficar três anos aprendendo sobre química, física, sobre elétron, sobre cátions, sobre cadeia de carbono, coisa que eu nunca vou usar na minha vida e em nenhum momento a gente aprende sobre educação financeira, que é uma coisa que vai acompanhar a gente pelo resto da vida e que ferra a vida de muita gente pelo resto da vida. Por mim, se o cara quer ser químico, vai aprender química na faculdade. Seria muito mais importante a pessoa aprender sobre educação financeira, mas não é o
caso, então o que a gente faz? Você vai ter que correr atrás pra não ser um zezão que só se lasca na vida, fazendo besteira com o dinheiro, sem saber como poupar, como ajuntar dinheiro. Você pode ler
livros, assistir vídeos no You Tube, mas você vai ter que correr atrás do atraso, porque você provavelmente já tem 20, 30, 40 anos e nunca nem se importou com esse negócio chamado educação financeira. Tente pensar melhor sobre finanças, porque finanças vai acompanhar sua vida até o último dia, até o seu último suspiro. É muito mais importante que vários outros assuntos que a gente fica correndo atrás em vez disso. Próxima coisa: DÍVIDA. Galera, não faça dívida nenhuma! “- Duda, mas você está falando aí… Por acaso você é rico pra dar conselhos?” Não, eu não sou rico, mas eu não tenho dívida e eu e minha esposa dormimos tranquilos a noite, sabendo que se tudo der errado, tranquilo! Eu não faço dívida. Eu não tenho cartão de crédito todo acumulado, eu não compro coisas se eu não tenho dinheiro, entendeu? Isso é o mais importante e brasileiro é muito burro, cara. Desculpa, sou brasileiro e estou me incluindo nessa generalização. Brasileiro é muito burro porque em vez de ele ajuntar, ajuntar, ajuntar e comprar uma TV, ele faz o oposto. Ele compra uma TV e paga, paga, paga, paga… E outra coisa. Não pense assim: “- Ah, dívida é coisa daqueles caras que estão
todos enforcados.” Não! Qualquer coisa que você compra pra ficar pagando é uma dívida. Tanto que no outro vídeo eu falei que a única dívida que eu fiz na minha vida foi o meu apartamento, pois eu
não tinha como pagar 200 mil, eu tive que financiar. Mas eu nunca vou comprar uma TV se eu não tiver o dinheiro pra comprar a TV. Eu nunca vou comprar… Sei lá o quê! Ajunte e compre, porque é essa a mentalidade, entende? “- Eu estou ansioso, Duda! Eu quero agora.” Tá bom! Aí você compra uma TV e parcela em 24X. Lembrando que quando você parcela, o valor sai muito mais caro que pagar à vista. Aí você financiou ali e, de repente, surge uma necessidade: “- Ah Duda, eu quero muito comprar aquele sofá da Tok Stok. Eu estou louco por ele, eu preciso dele hoje!” Você precisa mesmo dele hoje? Por que esse desespero? Às vezes você passou 50 anos sem o sofá, de repente você quer comprar agora: “Eu preciso e vou parcelar em 36X!” Aí você já tem duas dívidas e você vai se enforcando cada vez mais. Qualquer dia eu vou fazer um vídeo com a minha opinião sobre cartão de crédito. PARA! Tem gente que tem quatro cartões de crédito. É uma idiotice tamanha… Aí eu quero fazer uma observação aqui: dívida pequena ou dívida grande é dívida. Se você comprou um rádio de R$500 e parcelou em 10X, você tem uma dívida. Se você comprou uma TV de 60′ que você estava
sonhando e parcelou em 24X, é uma dívida e se você perder o seu emprego amanhã ou se acontecer alguma desgraça, você está ferrado, porque você não vai ter como pagar e depois vai lá no SERASA
ver que sua dívida já está trinta vezes maior. Por quê? Porque você foi desesperado e quis comprar o negócio. “- Ah, eu quero comprar, eu preciso dessa TV!” Para! Faça o sentido inverso. Junte, junte, junte e compre! Quando você junta dinheiro e compra algo à vista, você vai ter desconto, então além de você não ficar preso a uma dívida, você ainda vai pagar muito mais barato, cara. Por exemplo: você quer comprar uma TV que custa R$1.500. Aí você vai parcelar em 12X com juros e no final os R$1.500 sairão por R$2.000, enquanto se você pagar à vista, normalmente tem desconto, tem AME, tem um monte desses aplicativos hoje em dia e você vai pagar R$1.200, ou seja, você vai gastar R$800 a menos do que se comprar a prazo e não vai ter dívida, então ajunte dinheiro! Esse é o primeiro ponto. Segundo ponto: dívida necessária e não necessária. “- Duda, é muito fácil pra você, que não tem filho ainda, que está vivendo sua vidinha, que está empregado…” Concordo e por isso eu quero ser justo e fazer uma diferença entre dívida necessária e não necessária. Você é um pai de família desempregado e precisa comprar comida? Vai ter que parcelar se não tem dinheiro, porque não
dá pra você morrer de fome, agora se é pra comprar um objeto, uma TV ou qualquer porcaria? Não precisa parcelar. Não precisa fazer dívida. Fique sem a TV por um tempo e depois você paga. Eu
quero ser justo aqui porque realmente é muito fácil eu falar isso quando não tenho filho e estou vivendo com minha esposa, recém-casado, os dois estão trabalhando, mas tem muita gente que está na mesma condição que eu que é burro demais, meu! O cara faz dívida toda hora. O cara vai comprar uma coxinha e paga no cartão de crédito em 3X. Larga mão, filho! Para com isso! Tem uma frase de um cara, esqueci o nome dele agora, mas acho que é Benjamim… Depois eu ponho na edição, ele foi tipo o primeiro ministro britânico. Ele falou uma frase assim: “A dívida é a mãe de todas as loucuras e crimes.” Olha que treta essa frase! E vai dizer que muitas vezes não é totalmente real isso aí?! Você vai se afundando, depois tem que fazer isso, depois tem que fazer algo errado aqui, depois outra… Mas a ideia é essa: não faça dívida. E a terceira coisa que eu quero falar aqui é sobre prioridades. Cara, você tem que ter prioridade na vida. O que é mais importante: Você ter um tênis de R$1.000 que é um bem nada durável, daqui a seis meses ele vai pro lixo ou você pegar esse dinheiro, juntar um pouco e
comprar um carro pra você não ter que ficar andando de busão? Tem gente que eu conheço que gente, é uma babaquice que não tem tamanho. O cabra compra um tênis da Nike por semana. O salário dele é
pra comprar tênis. Por quê? Porque é trouxa. É aquele tipo de cara que vê aqueles clipes de funk do Kondzilla, aqueles caras milionários e pensam: “- Nossa, eu quero ser assim também…”. Só que o cara é office boy e ganha R$400! É de uma idiotice que não tem como justificar. Aí o cara compra um tênis de mil reais e vai de busão pegar a mulher pra ir no Habibão. Mano, não é mais fácil comprar um tênis de R$100, de R$200 que seja, e comprar uma carro? Mas não… Aí tem gente, por exemplo, que está sempre em dívida, mas toda hora você vai ver o Facebook da pessoa, está no Starbucks, está no Outback. A pessoa gasta como se não houvesse amanhã e como se tivesse muita grana na conta. Ajunte dinheiro, cara! Ajunte dinheiro! E eu vou falar algo mais importante, na verdade. O vídeo vai ficar meio grande, mas quem quiser ouvir, ouça. Pé-de-Meia. Não sei nem como vou chamar isso aqui… Antes de comprar qualquer coisa, antes de fazer qualquer investimento ou gastar com qualquer coisa, faça seu pé-de-meia. “- Duda, quanto tem que ser meu pé-de-meia?” Os especialista dizem que tem que ser o equivalente a 6 meses do seu custo de vida. Por exemplo: você sobrevive com R$2.000 por mês? Então você tem que ter R$12.000 (seis vezes) na poupança, num lugar que você não vai
mexer nunca. Isso é algo que eu faço há anos. Por quê? Porque a vida tem surpresas e muitas vezes são surpresas desagradáveis. Por exemplo, esses dias, há dois meses estourou a droga da correia-
dentada do meu carro. Você sabe quanto custa a correia-dentada de um Peugeot? Isso não estava nos meus planos. “- Ah, eu acho que em novembro vai estourar a correia dentada…” Não! Então você tem que ter um pé-de-meia pra não se ferrar com essas coisas eventuais que acontecem. Digamos que você tenha R$3.000, deixe na poupança. “- Ah, mas poupança não rende.” Não estou preocupado com rendimento. Estou preocupado em ter um dinheiro que você não vai mexer nunca, a não ser que seja extremamente necessário. Morreu não sei quem e vai ter que comprar caixão, aí tem que pegar lá. Mas não em situações como “estou com vontade de comer churrasco no Vento Haragano, vou pegar aqui um dinheiro dos meus R$3.000”. Não! Você nunca vai pegar esses R$3.000 a não ser que seja algo extremamente importante. Prioridades. Saiba onde você gasta seu dinheiro. Tem gente que fica
comendo caro toda hora mas não faz uma viagem na vida, não conhece o mar. Pense o que é
prioridade: você fazer uma viagem com sua família ou gastar R$10.000 numa festinha de buffet de uma criança que tem um ano de idade. Caramba, meu! Sabe… Mas é isso. Algumas sugestões que eu tenho… De alguém que é rico? Não. Mas de alguém que não tem dívida. Mas porque você não tem dívida? Porque você é rico? Não. É porque eu só compro quando eu tenho dinheiro e se eu não tenho dinheiro eu não compro. Então fique pensando nisso. Se você não viu o vídeo sobre financiamento imobiliário que está aparecendo aqui em cima. Talvez eu faça outro vídeo com a minha opinião sobre cartão de crédito. Valeu galera, um abraço, que Deus abençoe e até mais!